Sobre igualdade...
A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos desiguais, na medida em que se desigualam. Nesta desigualdade social, proporcionada à desigualdade natural, é que se acha a verdadeira lei da igualdade. O mais são desvarios da inveja, do orgulho, ou da loucura. Tratar com desigualdade a iguais, ou a desguais com igualdade, seria desigualdade flagrante, e não igualdade real. Os apetites humanos conceberam inverter a norma universal da criação, pretendendo, não dar a cada um, na razão do que vale, mas atribuir o mesmo a todos, como se todos se equivalessem.
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Mas, se a sociedade não pode igualar os que a natureza criou desiguais, cada um, nos limites da sua energia moral, pode reagir sobre as desigualdades nativas, pela educação, atividade e perseverança. Tal a missão do trabalho.
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Ninguém desanime, pois, de que o berço lhe não fosse generoso, ninguém se creia malfadado, por lhe minguarem de nascença haveres e qualidades. Em tudo isso não há surpresas, que se não possam esperar da tenacidade e santidade no trabalho.
Isso é muito bom. Pena que tenha chegado um pouco tarde. Para reparar os danos morais de uma (ou muitas) geração (ções) só mesmo com o evento de um apocalipse que já começou em nossos dias.
ResponderExcluirValmir, realmente o movimento requer um desacomodar, é longo, mas sempre refletir é importante e partilhar nossa reflexão também, para que possamos dar os primeiros passos e a judar outros a fazerem o mesmo. Obrigada!
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